O Rapaz ao Fundo da Sala
Onjali Q. Raúf
Todas as crianças deveriam ler este livro, pois contribuirá certamente para as tornar mais empáticas e amáveis. Precisamos disso neste mundo, por vezes tão intolerante e sem sentido
Aborda o tema difícil dos refugiados, pelo olhar inocente de uma criança.
Chegou um novo aluno à turma. Ele senta-se na última fila e não sorri, não fala e nem olha para ninguém. Chama-se Ahmet.
Muito curiosos, quatro meninos verdadeiramente especiais, fazem de tudo para se aproximar dele e conhecer a sua história. Descobrem que o Ahmet é um menino refugiado que fugiu do seu país por causa da guerra e que na viagem foi separado da família.
Para o ajudar a reencontrar a família, os amigos têm “A Melhor Ideia do Mundo” e elaboram um plano extraordinário que envolve a própria Rainha de Inglaterra.
Este livro, ao mesmo tempo que fala de um assunto difícil que nos comove e entristece, tem muitos momentos leves, divertidos e que nos dão esperança.
A autora irlandesa conta a história da vida de Marianne e Connell, focando nos desafios da transição entre ser um adolescente no secundário para um adulto a concluir o curso universitário, e como esses desafios afetam o seu mundo psíquico e a relação de um com o outro. A narrativa começa enquanto Marianne e Connell estão no 12º ano, relatando as diferentes realidades da vida destes dois colegas de turma. Marianne é uma jovem inteligente e rica, porém solitária e gozada pelos seus colegas; já Connell, apesar de ser inteligente como Marianne, é um jovem pobre e popular, sendo adorado e cobiçado por todos na escola. A mãe de Connell trabalha como funcionária de limpeza na casa de Marianne e é devido a ela que os dois se contactam e criam uma relação romântica, mas que à custa das aparências e da não aceitação social, mantêm segredo.
Este livro pinta, assim, de maneira dolorosa, um retrato feio porém real de como é ter problemas de saúde mental, realçando a depressão.
Pessoas normais
Sally Rooney
A Floresta
Sophia de Mello Breyner Andresen
Livro recomendado para o 5.° ano de escolaridade, destinado a leitura orientada.
«Confia nas crianças, nos sábios e nos artistas.»
Seguindo esta recomendação do Rei dos Anões e com a ajuda de Isabel e do professor de música, o Anão vai conseguir cumprir a missão de que estava incumbido, transformando o tesouro numa possibilidade de partilha e libertação.
Os livros que devoraram o meu pai
A estranha e mágica história de Vivaldo Bonfim
Afonso Cruz
Vivaldo Bonfim é um escriturário entediado que leva romances e novelas para a repartição de finanças onde está empregado. Um dia, enquanto finge trabalhar, perde-se na leitura e desaparece deste mundo. Esta é a sua verdadeira história — contada na primeira pessoa pelo filho, Elias Bonfim, que irá à procura do seu pai, percorrendo clássicos da literatura cheios de assassinos, paixões devastadoras, feras e outros perigos feitos de letras.
As três vidas
João Tordo
História de amor, saga familiar, mistério policial, retrato de um mundo que ameaça resvalar da corda bamba, Três Vidas é um dos mais importantes romances de João Tordo, tendo-lhe valido o Prémio Literário José Saramago.
António Augusto Milhouse Pascal vive longe do mundo, num velho casarão alentejano, com os três netos pouco dados a regras e um jardineiro taciturno. O isolamento é quebrado pelas visitas de clientes abastados que procuram ajuda do velho patriarca, em tempos um importante espião e contra-espião, testemunha activa das grandes guerras do século XX. O nosso narrador - um lisboeta de origens modestas - entra na história quando Milhouse Pascal o contrata como arquivista dos segredos que envolvem os seus clientes. Não poderia adivinhar o rapaz, ao aceitar o trabalho, que este acabaria por consumir a sua própria vida.
Perguntem à Sarah Gross
João Pinto Coelho
Em 1968, Kimberly Parker, uma jovem professora de Literatura, atravessa os Estados Unidos para ir ensinar no colégio mais elitista da Nova Inglaterra, dirigido por uma mulher carismática e misteriosa chamada Sarah Gross. Foge de um segredo terrível e procura em St. Oswald’s a paz possível com a companhia da exuberante Miranda, o encanto e a sensibilidade de Clement e sobretudo a cumplicidade de Sarah. Mas a verdade persegue Kimberly até ali e, no dia em que toma a decisão que a poderia salvar, uma tragédia abala inesperadamente a instituição centenária, abrindo as portas a um passado avassalador.
Nos corredores da universidade ou no apertado gueto de Cracóvia; à sombra dos choupos de Birkenau ou pelas ruas de Auschwitz quando ainda era uma cidade feliz, Kimberly mergulha numa história brutal de dor e sobrevivência para a qual ninguém a preparou.
A obra foi finalista do prémio LeYa em 2014.